Lentes Esclerais: Tecnologia para Tratar o Ceratocone
As lentes esclerais promovem qualidade de vida, porque são uma solução inovadora para a correção da visão, principalmente para quem tem ceratocone. São lentes de contato GÁS PERMEÁVEIS ESCLERAIS, com exclusivo design e tratamento de superfície por plasma e se adaptam às diversas irregularidades da superfície corneana com perfeita estabilidade, proporcionando verdadeiro conforto ao paciente e garantindo uma boa acuidade visual.
A lente de contato escleral é indicada para a correção de diversos problemas além do ceratocone, entre eles:
- Degeneração Marginal Pelúcida
- Pós-Trauma
- Pós-Transplantes
- Pós-LASIK
- Pós-PRK
- Pós-RK
- Pós-Anel Intraestromal
- Olho seco
- Degeneração de Salzmann
- Síndrome de Stevens Johnson, Sjogren
- Miopia, hipermetropia, astigmatismo
Características e Benefícios da Lente Escleral
- Desenho com curvas múltiplas que se adaptam a córneas com topografias irregulares;
- Maior estabilidade;
- Menor sensação palpebral;
- Excepcional conforto para o paciente;
- Facilidade de adaptação;
- Excelente acuidade visual;
- Lentes incrivelmente limpas, resistentes à deposição de proteínas;
- Alta satisfação dos usuários.
Outro ponto válido sobre a razão para as lentes esclerais serem tão confortáveis é o fato de ter muito menos interação da pálpebra com as lentes de diâmetro grande. As lentes corneais não são confortáveis a algumas pessoas, devido não somente ao contato da lente com a córnea, mas também porque no piscar as pálpebras se esfregam contra a borda da lente, provocando movimento e sensação de aspereza. Como as lentes esclerais se inserem debaixo das pálpebras em sua posição natural, o problema desaparece. O uso das lentes esclerais frequentemente podem adiar ou mesmo evitar interações cirúrgicas, assim como diminuir o risco de cicatrizes corneais.
Lentes Esclerais – Colocação das Lentes
- Utilizar somente solução salina sem conservantes ou soro fisiológico (armazenado em geladeira) durante 7 dias – indicado pelo seu oftalmologista.
- A limpeza adequada das mãos (higiene) antes de manipular suas lentes é muito importante para evitar a contaminação do soro ou mesmo da superfície da lente ao manipular a mesma.
- A limpeza da lente deve ser feita inicialmente com o dedo indicador ou mínimo de uma mão contra a palma da outra mão, fazendo o movimento circular de fricção. Neste momento um produto indicado para uma boa limpeza é um xampu neutro levemente diluído em água ou soro. Após, enxaguar bem a lente e proceder com a limpeza e assepsia com o produto multiuso indicado para lentes (RGPs).
- Ao colocar a lente, preencha a lente com o soro até próximo da borda da lente, como um prato de sopa. Olhe para baixo e no momento de encaixar a lente não desvie o olho para os lados ou para cima. Se desviar o olho a lente não irá encaixar corretamente e poderá criar a(s) chamada(s) bolha(s) de inserção. A bolha deve ser observada no espelho, retire a lente e repita a operação. A bolha ou bolhas de inserção comprometem a visão ao longo do dia e podem inclusive causar desconforto e olho vermelho.
Lentes Esclerais – Sinais a serem observados durante o uso
- Após as primeiras horas de uso, observe no espelho (ou peça para alguém olhar) para ver se não há sinais de vermelhidão lateral especialmente, na porção branca dos olhos (nasal e temporal). Este é um alerta de que o desenho da lente não está adequado ao uso e a adaptação precisa ser revista, ou melhor, a lente precisa de modificação ou mesmo troca.
- Se for possível, observar se a borda da lente não está “afundando” a conjuntiva (membrana transparente que recobre a esclera) ou por áreas onde a parte periférica da lente possa estar interrompendo as terminações de vasos límbicos (aqueles microvasos vermelhos que todos temos), fica uma área esbranquiçada que faz pressão contra a conjuntiva. Estes achados podem causar olhos vermelhos após retirar as lentes e não é saudável. Pacientes com pinguécula ou pterígio são susceptíveis de ter este “obstáculo” pressionado pela lente escleral, portanto estes casos geralmente requerem a adaptação de uma lente especial que sobreponha ou contorne está elevação de tecido na conjuntiva.
- Ao fechar os olhos, sentir com os dedos a borda da lente por cima das pálpebras inferior e superior. Não deve ser dolorido ou desconfortável, se a lente tiver uma borda bem desenhada e bem alinhada o paciente não deve sentir desconforto em tocar por cima da mesma.
- Ao longo do uso observe se a visão não está deteriorando ou perdendo a clareza, como uma visão mais embaçada ou com menos contraste. Isso pode ser devido ao esgotamento da capacidade de oxigenação e hidratação do soro que não está sendo renovado com a lágrima do paciente ou colírio lubrificante sem conservantes (se for o caso). Embora as lentes esclerais devam ter nenhum ou mínimo movimento possível, é importante assegurar que as lentes proporcionem a renovação, mesmo que lenta, do soro, permitindo que a lágrima do paciente (ou colírio lubrificante sem conservantes) passe por baixo da mesma e recomponha a reserva líquida de soro preenchida ao colocar as lentes. Isso deve ajudar a evitar o esgotamento da capacidade do soro de lubrificar e oxigenar a córnea.
- Dor, olhos vermelhos, sensação de pálpebras quentes, visão túrgida, “arco-íris” e/ou embaçada não são normais e devem ser relatadas ao especialista. Ele deverá saber o que precisa ser feito para resolver o problema, ou contatar o fabricante para orientações.
Lentes Esclerais – Após a remoção das lentes
- Após retirar a lente, observar se não ficou uma marca da lente na porção branca (esclera) dos olhos. Essa é uma das mais comuns ocorrências que tem sido relatadas pelos usuários de lentes esclerais que nos procuram. Este fenômeno ocorre devido ao desenho da lente estar comprimindo a zona da borda da lente contra a esclera e como a conjuntiva é uma membrana macia a marca fica as vezes por algumas horas antes de sumir e pode também acompanhar de olhos vermelhos após a retirada das lentes. Neste caso as lentes devem ser modificadas ou substituídas por lentes que repousem suavemente sobre a esclera sem causar pressão em ponto específico como na região da borda.
Tanto a marca circular de onde a lente se apoia ou olhos vermelhos após a remoção das lentes esclerais são achados que embora possam ser leves e perdurar de 1 a 3 horas, devem ser considerados como sinal de alerta de que a adaptação precisa ser revista pelo especialista.
Fique atento à saúde dos seus olhos
Faça seus exames de acompanhamento da adaptação e de rotina regularmente, nunca deixe para ir no seu oftalmologista apenas quando tiver problemas evidentes. Os exames de controle da adaptação são tão importantes como o exame inicial e a colocação das lentes, na verdade são até mais importantes pois será neste momento que o seu médico poderá lhe garantir que tudo está bem ou que há algo a ser modificado para aprimorar a adaptação e garantir assim a sua saúde ocular.
Fonte: Luciano Bastos/Blog C&T.
Para mais informações, marque uma consulta com a Dra. Andressa Guimarães
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