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O CROSSLINKING é um tratamento cirúrgico utilizado para tratar o CERATOCONE, sendo menos agressivo que o transplante de córnea. Estima-se que cerca de 21% dos pacientes que sofrem com CERATOCONE acabam precisando de novas córneas. A nova técnica promete baixar esse número.

Este procedimento induz um aumento da rigidez e da resistência da córnea, permitindo que ela não se altere com o passar dos anos, diminuindo os impactos à visão e à qualidade de vida do paciente.

Assim, por meio dessa técnica, é possível retardar ou até parar os danos causados pelo ceratocone e evitar a perda da acuidade visual e até a necessidade de um futuro transplante.

Uma das vantagens do crosslinking é que mesmo pacientes que já fizeram cirurgias prévias nos olhos podem se valer de seus benefícios.

A técnica vem sendo utilizada principalmente devido à efetividade do procedimento, que chega a ser superior a 90%. É um ótimo índice, que mostra que há muito o que comemorar em relação aos avanços no tratamento da doença.


Como o procedimento é realizado?

A cirurgia é minimamente invasiva e pode ser feita apenas com anestesia tópica, por meio do uso de colírios anestésicos. O procedimento dura em torno de uma hora e o paciente recebe alta imediatamente, sem necessidade de internação, repouso ou jejum.

A técnica consiste na aplicação de um colírio especial à base de riboflavina (vitamina B2), que, posteriormente, é ativado por um feixe de luz ultravioleta. Isso estimula a contração e a união das fibras de colágeno, o que aumenta a resistência da córnea e reforça sua estrutura. Isso minimiza consideravelmente as chances de progressão do ceratocone e pode retardar sua evolução – e até mesmo estagná-lo.

O último passo, após a aplicação da luz, é a colocação de uma lente de contato terapêutica. Ela atuará como uma espécie de curativo sobre a retina, enquanto o epitélio cicatriza. Esse processo leva em torno de sete dias e, depois desse prazo, a lente deve ser retirada.

Além da lente terapêutica, o paciente deverá utilizar um colírio antibiótico por cerca de sete dias e um colírio anti-inflamatório por, aproximadamente, um mês.

A cirurgia do crosslinking é relativamente simples e não requer resguardo. Até a retirada da lente, os pacientes podem sentir um certo grau de desconforto. Também é comum sentir ardência e dor que varia de leve a moderada, sensações que podem controladas com analgésicos comuns.

Como é o pós-operatório da cirurgia de crosslinking?

As complicações cirúrgicas são raras e, geralmente, estão relacionadas a problemas temporários, como infecções leves, perda da transparência ou inchaço da córnea, visão dupla ou embaçada, leve queda palpebral e inchaço ao redor dos olhos.

Também é bastante comum que os pacientes desenvolvam fotofobia após a realização do procedimento. Isso é facilmente contornado com o uso de óculos escuros de boa qualidade.

Logo depois da cirurgia, é provável que a visão fique um pouco embaçada. No entanto, a recuperação da visão acontece gradualmente. Em geral, ela volta ao normal depois de 30 dias. Em alguns casos, os pacientes experimentam uma pequena melhora na visão, ainda que esse não seja o objetivo do procedimento.

Resultados da cirurgia de crosslinking

Embora algumas pessoas acreditam que o crosslinking possa reverter a doença, este não é o objetivo do procedimento.
Contudo, os resultados da cirurgia de crosslinking são animadores e os pacientes em geral conseguem estagnar ou reduzir bastante o avanço do ceratocone. Embora a intenção não seja propriamente a melhoria da acuidade, alguns estudos apontam que até 25% dos pacientes que se submeteram ao procedimento tiveram evolução na capacidade visual.

Os portadores de ceratocone em estágio leve ou moderado são os que colhem os melhores benefícios, embora até mesmo em estágios avançados o procedimento traga bons resultados.

A técnica está revolucionando a medicina dos olhos e deve ficar cada vez mais acessível, possibilitando assim que pacientes que caminhavam para limitações visuais severas enxerguem bem por muito mais tempo.

Para quem este procedimento é indicado

Existem alguns mitos em relação à técnica, como, por exemplo, que o crosslinking é um tratamento para qualquer caso de ceratocone. Contudo, é importante destacar que o crosslinking é indicado apenas para pacientes cuja espessura corneana seja maior ou igual a 400 micra (para a proteção do endotélio ou face interna da córnea).

Também é necessário que a curvatura corneana do paciente seja inferior a 70 dioptrias e que não tenham cicatrizes corneanas centrais. Além disso, o paciente não pode ter histórico de herpes ocular e, no caso das mulheres, não pode estar em fase de gestação.

Os pacientes diagnosticados com ceratocone, ou com interesse por mais informações sobre crosslinking, podem assistir à nossa pré-consulta gratuita sobre a doença! Uma série de vídeos explicativos sobre ceratocone, para você ficar por dentro desta condição e saber as opções de tratamento e qual o melhor momento para procurar a opinião do seu oftalmologista.


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